pesquisa | fotografia | som | encontro
aqui há tanques?
os tanques têm água?
aqui há gente?
onde lavamos?
encontramo-nos lá?
O lavadouro (pedra, tanque comunitário) foi em tempos o ponto de encontro de mulheres que, ali, se deslocavam para lavar roupa. E hoje? O que acontece nestes lugares? Onde se encontram estas mulheres? As mulheres de hoje?
O “tanque comunitário como lugar de encontro” é o objeto de uma pesquisa que é simultaneamente uma ação de fotografia. Uma pesquisa que foi ao encontro das histórias e memórias que estes lugares acumularam ao longo do tempo em que serviram o seu propósito e que pretende agora reativa-los, projetando novas possibilidades e novos encontros.
O “tanque comunitário como lugar de encontro” é o objeto de uma pesquisa que é simultaneamente uma ação de fotografia. Uma pesquisa que foi ao encontro das histórias e memórias que estes lugares acumularam ao longo do tempo em que serviram o seu propósito e que pretende agora reativa-los, projetando novas possibilidades e novos encontros.
“Aqui há tanques?”
Esta era a primeira pergunta que se colocava quando se entrava numa das aldeias do território de Mirandela. A partir desta pergunta provocaram-se encontros e conversas que foram matéria da nossa pesquisa.
Esta era a primeira pergunta que se colocava quando se entrava numa das aldeias do território de Mirandela. A partir desta pergunta provocaram-se encontros e conversas que foram matéria da nossa pesquisa.
Encontrámos relatos sobre a dureza do trabalho, a existência de muita gente, tantas mulheres, que acordavam de madrugada para reservar lugar nos tanques, ou nas
pedras do rio. Encontrámos memórias onde ressalta a força e a resiliência das mulheres, que à volta do tanque ou na dureza do rio, conversavam, cantavam, riam ou choravam.
O tanque era um lugar de encontro.
E hoje?
Como no tanque já não há água, na aldeia já não há gente. E a que há já não se encontra como antigamente.
Com saudade e tristeza fomos ouvindo de diferentes formas esta realidade.
Marcaram-se encontros para ouvir histórias, memórias que foram gotas de água que encheram os tanques de novo.
pedras do rio. Encontrámos memórias onde ressalta a força e a resiliência das mulheres, que à volta do tanque ou na dureza do rio, conversavam, cantavam, riam ou choravam.
O tanque era um lugar de encontro.
E hoje?
Como no tanque já não há água, na aldeia já não há gente. E a que há já não se encontra como antigamente.
Com saudade e tristeza fomos ouvindo de diferentes formas esta realidade.
Marcaram-se encontros para ouvir histórias, memórias que foram gotas de água que encheram os tanques de novo.
Como proposta para encontros futuros e com os tanques cheios queremos continuar a “lavar” as imagens. Momentos onde se revelam histórias, onde se mergulham imagens e onde se continuam conversas.
paula preto, 2023
apoio